sábado, 12 de dezembro de 2009

Uma surpresa inesperada

Caro leitor, essa grande história que lhes escrevi, foi para abordar um tema ainda não resolvido por alguns dessa sociedade. Ainda tem pais rejeitando os filhos pela sua opção sexual. Um ABSURDO! Cada um é feliz da maneira que quer. Deixe seu filho (a) viver. Deixe seu filho (a) amar. Se é um crime para você ser homossexual, para seu filho (a) não é. Para nós, é um crime usar drogas. Para quem usa, não é. A gente não usa, então não estamos cometendo crime. Bom, é isso. Enquanto essas palavras caem nos olhares de todos que aqui entram nesse blog, criarei outras sobre um outro tema! A única e exclusiva intensão, é a reflexão. Bom, chega de falação e vamos logo à história:



Marcelo tem 17 anos. Aparentemente é um garoto normal, tem amigos e amigas, estuda, pratica esportes, tem namorada, leva uma vida normal como qualquer outra pessoa. Mas, uma coisa que em breve incomodará a vida de Marcelo, é que ele vem de uma família com pensamentos ancestrais. Traduzindo, sua família é bastante preconceituosa. Bom, mas isso incomodará mais tarde. Por enquanto, vamos continuar na sua apresentação.
Preocupada com ensino de seu filho que irá prestar vestibular no final do ano, sua mãe Laura, resolve colocá-lo em uma escola muito bem falada e bem aprovada no vestibular.
No primeiro dia de aula, Marcelo ficou um pouco receoso com aquela escola. Havia ali cenas que para ele e sua família, eram um absurdo. Meninos abraçando e beijando outros meninos, e também meninas. Aquilo foi um choque para ele. Assistiu a sua aula contando os minutos para ir embora daquela escola e não mais pisar ali.
Assim que chegou a casa, chorando, foi logo contar à sua mãe o que acontecia naquela escola. Como toda mãe, resolveu acalmá-lo, mas no fundo também estava chocada com o que ouvia de seu filho.
No dia seguinte, Marcelo não queria voltar naquela escola, mas foi forçado pela mãe. Chegou, colocou seu material sobre a mesa e ficou sentado no seu canto. Até que, sentiu uma mão fina tocar seu ombro e alguém dizendo:
- Olá, tudo bem? Você é novato aqui?
- Sim, ele responde.
- Seja bem-vindo, disse o menino da mão fina.
Essa foi a conversa do dia. Simples e calorosa, mas o suficiente para fazer Marcelo voltar à escola no dia seguinte, sem esforços.
Terceiro dia de aula. Marcelo já está um pouco acostumado com aquilo que via nos corredores do colégio. Sentou-se ao lado daquele menino que veio conversar no dia anterior, o nome dele é Caio. Conversaram bastante.  A conversa era tão boa que pareciam amigos de muitos anos, mas não eram. A proximidade entre eles era uma coisa a se pesquisar, algo inexplicável.
Na volta pra casa, Marcelo pensava a todo o momento naquele menino e na conversa que tiveram durante a aula. Três dias foram necessários para tirar o receio de Marcelo com aquele ambiente estudantil.
Todos os dias sua mãe perguntava sobre a escola e ele respondia que estava tudo tranqüilo e que tinha se acostumado com o ambiente. A mãe ficou um pouco mais tranqüila até então.
Vários dias se passaram, Caio e Marcelo ficaram grandes amigos. Começaram a sair muito, ir a baladas, bares, boates. Até que certo dia, Caio resolveu ter uma conversa diferente de todas já feitas, e foi assim:
- Marcelo, quero que não se espante com o que eu vou dizer aqui e nem quero que se distancie de mim. Acho que não devo mais esconder isso de você, mas não sou como você e como a maioria dos meninos por aí, eu gosto de garotos.
Naquele momento, Marcelo bebia o seu refrigerante e começou a engasgar com aquilo, mas logo passou e disse:
- Não sei como isso aconteceu, mas não me assustei com o que disse. Já esperava por isso. Desde aquele dia em que me deu as boas-vindas à escola, não pude esquecer você Caio. Tenho namorada, mas quero te dizer algo que possa te assustar mais do que a sua confissão me assustou: estou gostando de você.
Como o esperado, Caio ficou sim assustado. Os dois ficaram mudos, a troca que havia ali não era mais de palavras e sim, de olhares. O brilho no olho de cada um era bastante expressivo. Os olhos foram chegando perto, os narizes se encostando e os lábios se tocaram. O beijo foi de grande magnitude, mas após ele ambos foram embora, um pouco vergonhosos com o que aconteceu. Daí em diante, Marcelo não foi mais o mesmo.
As coisas começaram a se tornar estranhas para ele. Marcelo começou a se importar mais com a diferença sexual. Suas atitudes em casa começaram a tornar-se diferentes. Assuntos sobre homossexualidade, ele defendia com unhas e dentes, e, para preocupar mais sua mãe Laura, Marcelo termina um namoro de 5 meses com Camila.
Laura começa a investigar o filho, foram meses de muita desconfiança por parte de sua mãe e de muito amor para Marcelo. Era um amor vivido intensamente, era um amor diferente.
Caio já é um menino resolvido, sua mãe já sabe de sua orientação sexual e o apoia com bastante cautela, já que o menino ainda é dependente financeiro e ela não é capaz de sustentá-lo sozinha. Já Marcelo, não é tão bem resolvido assim.
Tudo ia bem, até que:
- Meu filho, não quero você mais nessa escola. Você ficou muito estranho depois que foi para lá. Terminou o namoro e tem tomado atitudes que antes não tomava – disse Laura.
- Mãe eu não vou sair de lá. Estou gostando da escola, tenho meus amigos e amigas e não quero que me tire de lá.
Começava ali uma enorme discussão que não terminaria bem. Sua mãe pressionava, queria saber de namoradas. Laura queria ter um filho homem, até que:
- Mãe, cansei! Cansei de suas pressões, cansei de sua falação. Vou falar tudo que a senhora não queria ouvir: eu estou namorando. Namorando um garoto.
Gritos. Só se ouvia gritos naquela casa.  E no meio de todos eles, uma porta bate. Ela bate e demora a abrir dias. Era Marcelo, só saia dali para comer e num silêncio profundo, não falava com ninguém. Ali, ele pegou um telefone e ligou para Caio. Além da confusão em casa, a preferência dos dois era de se separarem. Caio queria o melhor a Marcelo e assim foi escolhido.
Marcelo ficou fechado no quarto alguns meses. Sua mãe, depois de ficar invocada com aquilo, pensou bastante e resolveu perdoá-lo. Foi em passos leves em direção ao quarto e abriu a porta. Vazio. Um papel na cama que ela encontrou, estava escrito:
“Mãe,
obrigado por me colocar naquela escola. Ela me abriu os olhos para um lado maravilhoso da vida que eu não queria aceitar, agora aceitei.
Espero que entenda que estou feliz dessa maneira, estou feliz estando com garotos. Sinto muito estar te machucando, mas eu estou feliz.
Uma vez a senhora mesmo me disse que eu devia procurar minha felicidade, não a dos outros. Achei a minha. Queria que como mãe, a senhora me apoiasse, mesmo que a senhora não concorde. Agora, vou à busca do meu amor.
Beijos,
Marcelo.”
Enquanto a mãe lia a carta, Marcelo ligava para Caio. Mas, não havia mais jeito. Caio já estava vivendo outro amor, estava feliz. Marcelo continuou a sua ida em busca da felicidade e até que, no meio do caminho, sentiu uma mão fina tocar no seu ombro e alguém dizendo:
- Está sozinho?
A partir dali, Marcelo passou a viver um grande amor e ser feliz. Quanto à sua mãe, ficou sem Marcelo mas com a certeza de que ele estava muito feliz.




2 comentários:

  1. hehehe
    já comentamos o suficiente no msn, né?
    o importante é ser feliz o/

    :*

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  2. Surpresa inesperada???

    Mas se é surpresa é inesperada.

    Pq se fosse esperada não seria uma surpresa

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