Tenho tanta saudade de um tempo que talvez nem volte. Tempo esse que eu
levantava às 5 e alguns minutos da manhã, me arrumava e esperava minha condução
que passava às 6 e alguns minutos. Tempo esse em que desejava ir enfrentar os
estudos, porque eu sabia que ia te ver.
Tenho tanta saudade de um tempo em que passava poucos minutos longe de
alguém tão especial e que ainda sentia falta. Lembro-me deste tempo com vontade
de piscar os olhos e acordar nele.
Recordo, em câmera lenta, de todos os circos e palhaços, Julie &
Julia no cinema, de todas as itaipavas que não mais bebi, do karaokê que
cantamos, do sofá que dormimos, da risada que demos da gargalhada do professor,
do banho de chuva que tomei ao sair da sua casa e do intenso amor que vivemos
em segredo.
Falsos momentos e amores eu vivi depois. Nenhum deles completou a imensa
saudade que sinto destas lembranças, que são maravilhosas e ao mesmo tempo
dolorosas. Dolorosas por não voltarem mais.
Eu sei que você talvez nem vá ler. Talvez nem se lembre de mim. Talvez
nem se lembre dos dias mais felizes de minha vida. Você sumiu como uma areia
vazando pelas mãos. Mesmo parecendo forte, eu me lembro de cada instante como
se eu estivesse lembrando um sonho. Eu desejo a sua felicidade a cada segundo,
a cada minuto, a cada hora que me recordo do seu rosto. Eu desejo encontrar
alguém como você a cada segundo, a cada minuto, a cada hora que me dói lembrar
o seu amor e não tê-lo mais.
Quando algo é vivido de maneira especial e intensa, talvez nunca caia no esquecimento.